"Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a
sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças"
(Marcos 12:30).
Certa vez, Jesus se assentou diante do gazofilácio, no templo em
Jerusalém e ficou observando as ofertas que as pessoas traziam para Deus. Ele
viu os ricos depositando ali grandes quantias de dinheiro. Jesus, porém,
vê o coração. Ele não valoriza aquilo que os homens valorizam. A Bíblia diz que
o homem vê o exterior, mas o Senhor vê o coração (1 Samuel 16:7). A balança de
medir de Deus é bem diferente da nossa. A maneira de Deus julgar as coisas é
muito diferente, bem mais exata que a nossa. Como seres humanos, nos prendemos
muito ao que vemos, mas o Senhor enxerga bem mais além. Uma viúva pobre
se aproximou e entregou apenas duas moedas. Eram somente duas moedinhas,
insignificantes, se comparadas às ofertas que os ricos traziam. Mas Jesus fez
uma declaração impressionante sobre aquela mulher e sua oferta. Veja:
"Chamando a si os seus discípulos, Jesus declarou:
"Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais do que
todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua
pobreza, deu tudo o que possuía para viver" (Marcos 12:43,44).
Essa afirmação de Jesus deixa claro que para Deus o que importa não é a
quantidade ou o tamanho da oferta. O que vale é a intensidade do sacrifício.
É TUDO OU NADA
Para aqueles ricos, não fazia tanta diferença se entregassem mais ou
menos dinheiro no altar. Não lhes faria nenhuma falta. Mas para a viúva pobre,
sim. Ela estava dando tudo o que tinha. Aquelas duas moedas eram tudo o que ela
possuía. Ela estava ofertando a Deus o seu tudo.
Da mesma forma, quando nos apresentamos diante de Deus para adorá-Lo,
para entregar a Ele o que quer que seja, precisamos sondar o nosso coração.
Será que estamos fazendo de qualquer maneira? Será que estamos Lhe dando o que
nos sobra, o que simplesmente não vai fazer falta? Será que estamos Lhe dando o
nosso tudo? Não estou me referindo apenas a ofertas em dinheiro, mas a
tudo que entregamos a Deus: cantar, tocar, dançar, ajoelhar, bater palmas,
levantar as mãos, prostrar-se etc. Tudo o que fizermos para o Senhor deve ser feito
intensamente.
felizmente, muitas pessoas chegam às reuniões na igreja e não têm
disposição para adorar o Senhor. Por que elas estão ali? Afinal, aquele é um
culto a Deus. É para Ele! É uma reunião de pessoas que se ajuntam para adorar o
Senhor. Algumas pessoas comentam no final das reuniões que, na opinião
delas, o culto foi bom. Outras não gostaram. Mas será que elas perguntaram a
Deus se Ele gostou do culto que elas Lhe ofereceram?
Sei que algumas vezes estamos cansados fisicamente ou até mesmo emocionalmente
abatidos. Mas ainda assim precisamos nos esforçar, nos sacrificar. Precisamos
adorar o Senhor intensamente. Quando nos dispomos a fazer isso, em poucos minutos nossas forças se renovam,
tanto no corpo como na alma. É realmente impressionante quando alguém se dispõe
a dar o seu tudo para Deus. Não estou dizendo, de maneira alguma, afirmando que
as expressões de nossa adoração são necessariamente vistas exteriormente. Às
vezes, vamos nos aquietar nos braços do Pai Celestial, às vezes, ficar em silêncio,
mas, ainda assim, com corações intensos em Sua presença. Também não estou
falando somente da adoração com muitas pessoas. A sós com o Senhor, nossa
entrega a Ele não deve ser diferente. Afinal, Ele é o alvo da nossa adoração
pública ou secreta.
O que não podemos aceitar é o comodismo. Não podemos ofertar ao Senhor
de qualquer maneira. Não podemos Lhe dar algo que simplesmente não nos
custe alguma coisa.
PAGANDO O PREÇO
O rei Davi é um exemplo para nós. Quando ele levantou um altar ao Senhor
nas terras de Araúna, o jebuseu, este queria dar o terreno, os bois, os trilhos
e a lenha para o sacrifício. Mas Davi recusou-se a recebê-los. Ele pagou o
preço devido pelo terreno e ofereceu ao Senhor seus sacrifícios. Ele pagou um
alto preço para ofertar ao Senhor. As suas palavras a Araúna foram:
"Faço questão de pagar o preço justo. Não oferecerei ao Senhor
meu Deus holocaustos que não me custem nada" (2 Samuel 24:24).
Dar a Deus o nosso tudo não é um peso nem um fardo. É uma oferta
de amor e de gratidão. É o mínimo que podemos fazer para um Deus tão
maravilhoso e digno. Ele nos deu o seu melhor. Ele nos deu tão intensamente a
ponto de entregar sua própria vida ali na cruz.
Algumas pessoas não querem dar a Deus algo que lhes custe algum
sacrifício. Enquanto estão confortavelmente servindo ao Senhor, tudo está bem,
mas, no momento em que são desafiadas a sair de sua posição de comodidade, tudo
muda. Encontram muitas desculpas, mas a verdade é que não estão dispostas a dar
a Deus intensamente. Não querem pagar o preço de ir aos ensaios do grupo de
louvor. Qualquer atividade extra é motivo de reclamação. Até mesmo os eventos
promovidos para aumentar a comunhão são criticados.
Não querem pagar o preço de chegar antecipadamente aos cultos para se
prepararem melhor. Ficam insatisfeitos com o sistema de som, mas não se dispõe
a ajudar em nada. Não repõem nem as cordas da guitarra que eles mesmo
arrebentaram. Ele se perguntam: Afinal, para que servem os meus dízimos? Não
querem pagar o preço de estudar para desenvolver melhor seus talentos. Não
sacrificam um centavo para investir em aulas de canto, dança ou de seu
instrumento. Na maioria das vezes, acham que já sabem tudo, quando, na verdade,
há sempre tanto a aprender. Não se dispõe a orar ou a ler a Bíblia. Jejuns estão
fora de cogitação. Vida devocional é algo que não existe no vocabulário
delas...
Que tipo de adoração você tem oferecido ao Pai? Você tem se dado a Ele
intensamente? Você tem pagado o preço, tão baixo, se comparado ao que Ele pagou
por nós? Você quer ter mais de Deus? Dê mais de você para Ele! (Ana
Paula Valadão)
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